Mangá// Review Enigma
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Quando falo que o hype
tende a estragar muitas coisas, muitos me acham o redator chato, quadrado e com
gosto ruim. Porém sempre falo isso para o bem ou para não quebrar a magia que
uma obra pode nos render quando vamos de peito aberto ao encontro do que ela
pode, e irá, nos oferecer; mas o que acontece quando ela consegue ser tão
clichê e enfadonha que nem toda falta de expectativa do mundo faz ela ficar
boa?
Bem, é isso que vou
abordar (ou tentar) melhor com vocês no review de hoje, pois o assunto em pauta
é um mangá que, na época de seu lançamento, foi taxado, por algumas pessoas,
como sucessor de Death Note e não consegue ser isso nem de longe. Senhoras e
senhores, vamos comentar sobre Enigma no review de hoje.
Sinopse (Via JBC):
Sumio Haiba é um colegial comum... se ignorarmos o fato dele possuir o "diário dos sonhos", um caderno onde escreve previsões do futuro próximo durante o sono!! Só que por deter esse poder, ele é raptado durante a noite e confinado em seu colégio por uma existência que se auto intitula "Enigma".Mas ele não está sozinho. Outras seis pessoas com "talentos únicos também foram raptados e terão que escapar do colégio onde estão enclausurados, achando pistas e senhas espalhadas por lá, mas tendo que se esconder de algo estranho que está lá junto com eles, os Shadows! Se prepare para muitas reviravoltas, suspense e surpresas conforme os talentos especiais dos sete sequestrados forem sendo revelados.
Considerações Gerais:
Escrito e ilustrado
por Kenji Sakaki, a obra foi serializada na Weekly Shonen Jump de 13 de
setembro de 2010 até 30 de outubro de 2011; rendendo 56 capítulos, compilados
em 7 volumes. A obra foi publicada em outros Países fora o Japão, dentre eles o
Brasil, cuja série foi lançada em 2015 pela JBC.
Dito essa introdução
básica, creio que posso deixar claro que levei mais de um ano para encerrar a
leitura da obra e, mais do que isso, levei meses para ler o que se passava pós
volume #4. Irei explicar melhor, mas, confesso, naquela época não entendia o
porquê a obra parecia não me agradar; ficava achando que eu estava cansado
daquele estilo de narrativa; até por ver Enigma como um pseudo Survive Game nos
moldes Jump. Hoje em dia, no entanto, consigo compreender o motivo de tamanho
desagrado.
Os motivos, que estão
no plural, são vários e dos mais diferentes setores, porém vou me ater aos
fatores condução do roteiro e personagens que são a falha mortal dessa obra e
maior pecado do autor. Isso é algo que, nesse momento, pode parecer ranzinza e
chato, mas é o fator crucial aqui, pois temos uma história que não é nada mais
que Coca-Cola, ou seja só tem pressão; só agita e nunca vai a ponto nenhum que
se compromete a ir. É um roteiro que falta ousadia para ir além e fazer o que,
por inúmeros momentos, se propõe, que é entregar um suspense digno.
Isso porque não estou
entrando no mérito de termos uma mudança de desafio só para justificar o final
porco. Mudança essa que apenas gera explicações ok, nada de mais ou incrível e
aí que mora mais um problema, pois toda construção da obra parece ter sido
pensada para surpreender quem lê, para prender o leitor e deixa-lo com vontade
de fazer a virada de página; coisa que, comigo, não ocorreu. Apenas gerando
aquele gosto amargo na boca de “agora vai” e não foi.
Outro ponto que, ao
meu ver, é problemático são os personagens que são mais rasos que chá coado em
meia. Eles não possuem carisma para gerar afeição ou vinculo, estando apenas
ali para cumprir papel e acabou. Tanto que, ao longo dos 7 volumes, não
consegui gostar, verdadeiramente, de nenhum deles; os achando enfadonhos e com
poderes bacaninhas, porém nada que eu olhasse e pensasse que é aquele o
personagem digno de se fazer presente em um Shonen de suspense. Todo plot
inicial do enigma é resolvido com o bullshit da amizade e com a conveniência
dos poderes. Aí quando entramos no arco seguinte, tudo é resolvido com amizade,
laços e histórias ocultas e familiares.
Não que seja horrível
ou dispensável, mas para um mangá de suspense é quase um pecado isso. Faltou
ousar mais e provar mais a que veio. Em vários momentos fica parecendo que o
autor tem medo de ferir gravemente ou matar os 7 escolhidos por enigma, como se
isso fosse algo que, dentro daquela narrativa, ele não pudesse reverter.
Creio que a única
coisa que realmente conseguiu me chamar atenção foi quando, enfim, explicam a
origem do enigma. Que é deveras interessante, mas ainda assim é algo que veio
de modo tardio e quando a obra não estava mais conseguindo me manter preso a
leitura.
Conforme eu disse no
começo, a obra saiu por aqui pela JBC no ano retrasado (2015), provavelmente
para aproveitar o hype dos survive game que ela lançava, e foi publicada na
integra com a qualidade básica da editora (papel pisa brite e tal). Atualmente
é possível encontrar a coleção completa por meio de box ou avulso.
Considerações finais:
Falei pacas e no fim,
não passei uma só qualidade da obra. Então, antes de indicar, irei passar uma
qualidade que é a parte final da história, que é onde tudo se ajeita e, mesmo
sendo nas coxas, te deixa feliz com o resultado.
Em todo caso, essa é uma obra que eu recomendo mais se você realmente quer algo apenas para passar o tempo, mais precisamente quando você está viajando, sem internet e sem nada para ler. Porque essa é uma obra que você só conseguirá encontrar diversão 100% nesses casos, ou caso você seja fissurado no gênero. Do contrário passa bem longe, pois essa não é uma obra para você.
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